Maioria das vítimas de arma de fogo tem de 15 a 25 anos
O episódio ocorrido no último dia sete, na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo e particularmente em Campos, o caso do aluno que tentou entrar armado na Escola Municipal Fernando Andrade, trouxe à tona um debate até então esquecido pelos brasileiros. A questão do desarmamento.
No dia 23 de outubro de 2005, todos os brasileiros foram convocados para expor, nas urnas, sua opinião sobre o assunto, que interfere diretamente na vida de todos nós.
O primeiro referendo do Brasil ofereceu à população as opções de votarem “Sim” pela proibição do comércio de armas e munições para civis, defendida pela frente “Por um Brasil Sem Armas”, ou “Não”, a favor da manutenção do comércio de armas de fogo, pela frente intitulada “Pela Legítima Defesa”. Ambas as frentes foram formadas por parlamentares e membros da sociedade civil organizada, que utilizaram propagandas eleitorais gratuitas em rádios e TVs, além de atos públicos, debates palestras e manifestações.
Na ocasião, mesmo com as pesquisas apontando que a maioria dos brasileiros apoiava a proibição do comércio de armas, o referendo teve um resultado negativo, 64% da população disse não à proibição e somente 36% foi a favor de um maior controle sobre as armas de fogo. Cabe aqui ressaltar que toda a campanha da frente “Pelo direito à Legitima Defesa”, foi totalmente financiada pela indústria nacional de armas e apoiada pela organização americana NRA (National Rifle Association).
Quase seis anos após o referendo, as ultimas notícias em que vidas de crianças vem sendo ceifadas pelo uso criminoso e indiscriminado de armas de fogo fez as autoridades analisarem à possível necessidade de um segundo plebiscito. O motivo, além dos mostrados diariamente pela mídia, seria a incoerência na indagação do primeiro referendo em que a população foi levada a escolher “Sim” para o não comércio de armas de fogo, e “Não” para sua continuidade.
Para o presidente do Senado, José Sarney, a população foi induzida a erro. “Acho que foi um erro e a população foi induzida a erro. Estamos verificando que a venda de armas no país de nenhum modo alcançou o que julgavam, que ia garantir a segurança do cidadão. Pelo contrário, torna mais vulnerável porque cada um que tem arma passa a ser objeto de procura dos bandidos”.
O Estatuto do Desarmamento, criado no ano de 2004, que teve um de seus artigos, que previa a proibição do comércio de armas a civis, derrubado pelo referendo, aponta que a criminalidade está diretamente ligada ao uso de armas de fogo e que a maioria das vítimas tem idade entre 15 e 25 anos.
Um levantamento recente feito pelo presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Armas, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Marcelo Freixo, mostra que o estado do Rio tem cerca de 805 mil armas de fogo circulando nas mãos de cidadãos comuns. 224 delas estão com civis e 581 mil nas mãos de criminosos. Os números são resultado de trabalho feito pelos agentes do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal.
A exposição dos fatos e números explicitou não somente a necessidade de um segundo plebiscito, mas também reforça o papel da sociedade quando vidas, principalmente de crianças, estão em jogo. Pensando nisso, Secretaria da Família e Assistência, Secretaria de Educação, Fundação da Infância e Juventude e Fundação de Esporte de Campos, organizou nesta sexta-feira (15/04), Dia do Desarmamento Infantil, a 3ª Campanha pelo Desarmamento, a partir das 14h, na Praça São Salvador.
A organização do evento solicita aos que vão prestigiar o evento, que utilizem roupa branca e na ocasião, cada criança que levar à praça seu brinquedo em forma de arma, poderá trocá-lo por um brinquedo pedagógico.
CAMAPANHA FEDERAL
O Governo Federal vai antecipar para maio o lançamento da nova Campanha de Desarmamento. A data prevista para o início da campanha é 6 de maio, exatamente um mês após o assassinato dos 12 estudantes na Escola Tasso da Silveira, em Realengo.
A previsão inicial era de que a nova campanha só tivesse início em junho. Uma das ideias do governo para a nova campanha é pagar também pelas munições que forem espontaneamente entregues.
Na campanha passada, entre dezembro de 2008 e dezembro de 2009, apenas os cidadãos que entregavam as armas de fogo eram indenizados. Todos os detalhes da campanha serão discutidos em conselho com integrantes do governo e de representantes da sociedade civil.
No dia 23 de outubro de 2005, todos os brasileiros foram convocados para expor, nas urnas, sua opinião sobre o assunto, que interfere diretamente na vida de todos nós.
O primeiro referendo do Brasil ofereceu à população as opções de votarem “Sim” pela proibição do comércio de armas e munições para civis, defendida pela frente “Por um Brasil Sem Armas”, ou “Não”, a favor da manutenção do comércio de armas de fogo, pela frente intitulada “Pela Legítima Defesa”. Ambas as frentes foram formadas por parlamentares e membros da sociedade civil organizada, que utilizaram propagandas eleitorais gratuitas em rádios e TVs, além de atos públicos, debates palestras e manifestações.
Na ocasião, mesmo com as pesquisas apontando que a maioria dos brasileiros apoiava a proibição do comércio de armas, o referendo teve um resultado negativo, 64% da população disse não à proibição e somente 36% foi a favor de um maior controle sobre as armas de fogo. Cabe aqui ressaltar que toda a campanha da frente “Pelo direito à Legitima Defesa”, foi totalmente financiada pela indústria nacional de armas e apoiada pela organização americana NRA (National Rifle Association).
Quase seis anos após o referendo, as ultimas notícias em que vidas de crianças vem sendo ceifadas pelo uso criminoso e indiscriminado de armas de fogo fez as autoridades analisarem à possível necessidade de um segundo plebiscito. O motivo, além dos mostrados diariamente pela mídia, seria a incoerência na indagação do primeiro referendo em que a população foi levada a escolher “Sim” para o não comércio de armas de fogo, e “Não” para sua continuidade.
Para o presidente do Senado, José Sarney, a população foi induzida a erro. “Acho que foi um erro e a população foi induzida a erro. Estamos verificando que a venda de armas no país de nenhum modo alcançou o que julgavam, que ia garantir a segurança do cidadão. Pelo contrário, torna mais vulnerável porque cada um que tem arma passa a ser objeto de procura dos bandidos”.
O Estatuto do Desarmamento, criado no ano de 2004, que teve um de seus artigos, que previa a proibição do comércio de armas a civis, derrubado pelo referendo, aponta que a criminalidade está diretamente ligada ao uso de armas de fogo e que a maioria das vítimas tem idade entre 15 e 25 anos.
Um levantamento recente feito pelo presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Armas, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Marcelo Freixo, mostra que o estado do Rio tem cerca de 805 mil armas de fogo circulando nas mãos de cidadãos comuns. 224 delas estão com civis e 581 mil nas mãos de criminosos. Os números são resultado de trabalho feito pelos agentes do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal.
A exposição dos fatos e números explicitou não somente a necessidade de um segundo plebiscito, mas também reforça o papel da sociedade quando vidas, principalmente de crianças, estão em jogo. Pensando nisso, Secretaria da Família e Assistência, Secretaria de Educação, Fundação da Infância e Juventude e Fundação de Esporte de Campos, organizou nesta sexta-feira (15/04), Dia do Desarmamento Infantil, a 3ª Campanha pelo Desarmamento, a partir das 14h, na Praça São Salvador.
A organização do evento solicita aos que vão prestigiar o evento, que utilizem roupa branca e na ocasião, cada criança que levar à praça seu brinquedo em forma de arma, poderá trocá-lo por um brinquedo pedagógico.
CAMAPANHA FEDERAL
O Governo Federal vai antecipar para maio o lançamento da nova Campanha de Desarmamento. A data prevista para o início da campanha é 6 de maio, exatamente um mês após o assassinato dos 12 estudantes na Escola Tasso da Silveira, em Realengo.
A previsão inicial era de que a nova campanha só tivesse início em junho. Uma das ideias do governo para a nova campanha é pagar também pelas munições que forem espontaneamente entregues.
Na campanha passada, entre dezembro de 2008 e dezembro de 2009, apenas os cidadãos que entregavam as armas de fogo eram indenizados. Todos os detalhes da campanha serão discutidos em conselho com integrantes do governo e de representantes da sociedade civil.
fonte: http://www.ururau.com.br/destaque2390_15_de_abril:_Dia_do_Combate_ao_Desarmamento_Infantil
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