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segunda-feira, maio 09, 2011

Centro à espera das câmeras

O registro de oito arrombamentos durante o feriado da Semana Santa na área central de Campos reacendeu a urgência da instalação do monitoramento por câmeras nas ruas, mas a Prefeitura ainda não tem data para o sistema começar a operar e informou que o projeto técnico está em fase de análise. Enquanto isso, na reunião da próxima quarta-feira, às 10h, na Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), o comando do 8º Batalhão da Polícia Militar vai apresentar o projeto de Aperfeiçoamento do Cinturão de Segurança previsto pela unidade para o Centro.

De acordo com a secretaria municipal de Comunicação, o projeto que prevê a instalação das câmeras sofreu alterações e está sendo analisado. Assim que definido, será encaminhado para o Conselho Municipal para o Desenvolvimento Sustentável (Comudes). O monitoramento será administrado pelo Gabinete de Gestão Integrada, que vai funcionar no andar superior da rodoviária Roberto Silveira, aonde terão acesso todos os órgãos de segurança do município.

O monitoramento por câmeras é considerado de grande importância para a redução de crimes na cidade, tanto pelos comerciantes, como autoridades policiais. Por esse motivo, o comandante do 8º BPM, tenente-coronel Gilmar Barros dos Reis, está elaborando projeto que visa dar mais segurança à área central. O projeto, que está em fase de conclusão, tem parceria com a iniciativa privada e será apresentado na quarta-feira.

— Já tínhamos a idéia de implantar um cinturão de segurança no Centro, mas resolvemos aperfeiçoar esse projeto e criamos um sistema de câmeras e alarme integrado à associação de patrulhamento. Isso permitirá mais mobilidade à polícia, que estará ligada ao sistema através de uma central aqui no batalhão — explicou Gilmar.

Segundo o comandante, depois dos arrombamentos, o policiamento na área central foi reforçado e não houve mais registro desse tipo de crime. “Na quarta-feira, policiais detiveram um rapaz que estava praticando furtos e o comerciante só fez o registro de ocorrência após ser procurado por um veículo de comunicação. Se is-so não tivesse acontecido, o jo-vem, que já tinha quatro passagens pelo mesmo crime, seria solto e voltaria à criminalidade. Por isso, peço que as pessoas registrem, por menor que seja o crime”, disse Reis.

Comerciantes investem em alternativas particulares

O presidente da Associação dos Comerciantes e Amigos da Rua João Pessoa e Adjacências (Carjopa), Eduardo Chacur, informou que enquanto o monitoramento por câmeras não começa a funcionar, a maioria dos comerciantes está investindo em segurança privada, como implantação de sistema de alarme, câmeras na parte interna e até na contratação de guardas noturnos.

— Esses guardas trabalham desarmados, mas ajudam a inibir crimes, pois, diante de atitude suspeita, logo aciona a polícia. Acho que é importante a instalação do monito-ramento por câmeras. Esse tipo de equipamento facilita na identificação e prisão dos suspeitos — observou Chacur.

Em 2008, Campos teve alguns pontos monitorados por câmeras ligadas ao Centro de Informação e Dados de Campos (Cidac), mas elas foram recolhidas após vencimento de contrato com a empresa.  


Insegurança levou a protesto de lojistas

A insegurança gerada pelos arrombamentos levou comerciantes da área central a realizarem um protesto, no último dia 2. Eles fecharam as ruas Oliveira Botelho e Governador Teotônio Ferreira de Araújo com faixas, pedras e botijões de gás, por cerca de três horas. Motoristas que precisavam transitar pelas vias foram barrados pelos manifestantes, o que gerou tumulto, que só terminou após a chegada da Polícia Militar.

Com participação ativa nas reuniões de elaboração do projeto que prevê a reinstalação das câmeras nas ruas de Campos, a presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Maria Luiza Schulz, chegou a apresentar a sugestão de uma contrapartida do comércio para a execução do programa.

— Caso seja adquirido pela Prefeitura um software compatível, podemos integrar as câmeras externas dos estabelecimentos comerciais, e são mais de cinco mil, ao Gabinete de Gestão Integrada de Segurança. É uma forma de o comércio contribuir com o sistema de segurança na cidade — pontuou Maria Luiza.

Está em fase de teste um projeto para que as lojas do Centro passem a funcionar até as 19h. Mas, para que isso aconteça, é preciso que a segurança seja redobrada.

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