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sábado, maio 14, 2011

Enquanto epidemia é negada, casos de dengue em 2011 disparam em Campos

Os casos de dengue em Campos continuam aumentando. Só nesta sexta-feira, o Centro de Referência da Dengue (CRD) confirmou 58 novos casos, totalizando 1.674 notificações e um óbito, o do bebê de 1 ano. Mesmo assim, a população ainda não sabe se o município vive uma epidemia, apesar das estatísticas apontarem para isso, como afirmou esta semana o diretor do Centro de Referência da Dengue (CRD), Luiz José de Souza.

A classificação para epidemia, pelo ministério da Saúde, se dá quando a taxa de incidência passa de 300 casos da doença por 100 mil habitantes, o que, no caso de Campos, bastariam 1.500 casos. Mas há outros critérios, como a série histórica dos casos registrados, para essa confirmação pelo Estado. Para o secretário de Saúde, Paulo Hirano, o município enfrenta surto epidêmico, que antecede uma epidemia. Em 2007, Campos teve 2.400 casos e em 2008, na última epidemia, foram 15 mil casos.

Técnicos da secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec), que vieram a Campos avaliar apenas o trabalho de prevenção, apesar do município, estatisticamente, apresentar quadro de epidemia, retornaram ontem ao Rio. Na semana que vem, devem emitir nota técnica com base nas informações obtidas junto à secretaria de Saúde, Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e o CRD. Segundo o diretor do CCZ, César Salles, o secretário de Saúde, Paulo Hirano, solicitou a vinda do grupo para não haver questionamentos. “Eles vieram avaliar o trabalho e ver o que pode ser feito para a redução do número de casos”, disse.

 César afirmou que, na próxima semana, o CCZ fará novo Levantamento Rápido do Índice de Aedes Aegypti (LIRAa) para obter informações sobre as áreas de maior incidência do mosquito. No último levantamento, que é feito a cada intervalo de 3 meses, o índice de infestação foi de 4,3%. “O preconizado pelo ministério para baixo risco é de 0 a 1%, médio risco de 1 a 3% e alto risco acima de 3%. Os agentes de combate a endemias estarão em Donana e em Travessão na semana que vem para o bloqueio epidemiológico.

Enquete da Folha Online com a pergunta “Com uma morte e mais de 1,5 mil casos de dengue, você acha que a Prefeitura e a população de Campos se prepararam para evitar a doença”, 13,8% disseram sim, 82,8% não e 3,4 % estão em dúvida.

Grande procura gera confusão na unidade

A média diária de atendimento no CRD tem sido de 230 pessoas, sendo o maior movimento na parte da tarde. Ontem, funcionários tiveram que chamar a Guarda Civil para conter os ânimos de alguns pacientes. Uma funcionária, que não quis se identificar, disse que, por ser referência no tratamento da dengue, a maioria das pessoas procura o CRD de imediato, quando deveria receber um primeiro atendimento nos postos de saúde. “Aí, chegam aqui passando mal, vomitando e acabam não tendo paciência para esperar”, disse ela, que quase foi agredida com uma garrafa.

O diretor do CRD, Luiz José de Souza, disse que esse foi um caso isolado. “Normalmente, temos cinco médicos para atender aos pacientes, sendo que, no horário do almoço, esse número é reduzido para três e isso acaba gerando insatisfação”, concluiu.

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