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quarta-feira, junho 15, 2011

Ducha fria nas negociações

Reajuste de bombeiros sai de pauta na Alerj e Câmara rejeita urgência para anistia

Rio - A crise no Corpo de Bombeiros do Rio, que se arrasta desde abril, entrou ontem num impasse nos Legislativos estadual e nacional. Enquanto os processos administrativos contra os mais de 400 militares que invadiram o QG em 3 de junho começavam a ser abertos, o projeto de lei do governador Sérgio Cabral que antecipa reajuste de 5,58% recebeu 32 emendas e saiu da pauta de votação na Alerj. Em Brasília, o presidente da Câmara de Deputados, Marco Maia (PT-RS), rejeitou pedido de urgência na votação de projeto pela anistia criminal dos bombeiros.
Bombeiros exibiram desenhos feitos, segundo eles, por alunos da rede pública em apoio à categoria, em frente à Assembleia Legislativa do Rio | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia
“Não é matéria para ser votada tão rapidamente”, afirmou, garantindo que a prioridade são os projetos para obras da Copa e Olimpíadas.

PRIORIDADE
Os manifestantes consideram a anistia prioridade para voltarem a negociar salário. “Não adianta ganhar R$ 5 mil e ter um amigo bombeiro preso”, disse um dos porta-vozes dos grevistas, o cabo bombeiro Laércio Soares. Ontem, alunos de escolas públicas entregaram desenhos em apoio.
Hoje, deputados e bombeiros se reúnem para tentar acordo. Entre as propostas que serão discutidas estão vale-transporte, antecipação de reajustes até 2014 que chegariam a 47,44% e aumento suplementar de 33,32%. “Essas emendas são inviáveis”, afirmou o deputado André Correa, líder do governo na Alerj.

A proposta de Cabral de remanejar 30% da verba do Funesbom para pagar gratificações deverá ser encaminhada hoje. Ontem, o comandante dos bombeiros, Sérgio Simões, iniciou processos administrativos que podem resultar na expulsão dos invasores do QG. No processo criminal por motim e dano ao patrimônio militar ao qual já respondem na Justiça, os militares devem se apresentar hoje na Auditoria Militar.
Novo comando de salvamento
Decreto do governador Sérgio Cabral criou novo órgão na corporação para cuidar das ações de salvamento marítimo. A função, que antes era acumulada pelo Grupamento Marítimo (G-Mar) — onde começaram manifestações por reajuste salarial da categoria —, agora ficará a cargo do Comando de Bombeiro de Área das Atividades de Salvamento Marítimo.
“Acredito que a medida seja um pedido do coronel Simões para dar mais voz aos guarda-vidas dentro da corporação, que agora passarão a ter um comandante, e não um chefe de grupamento”, especulou o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo.
Cabral afirma que salário é o ‘possível’ e que bombeiros do Rio são 25% do País
O governador Sérgio Cabral afirmou ontem que o reajuste dos salários dos bombeiros foi compatível com as “contas públicas”. Ele defendeu que, com o grande efetivo da corporação no Estado do Rio (16,5 mil para 16 milhões de habitantes), o valor “não é o ideal, é sim o possível”. “São Paulo tem 40 milhões de habitantes com 8.500 bombeiros. Minas tem 20 milhões de habitantes com 5 mil bombeiros militares. Sergipe, que é o exemplo dado pelos líderes do movimento como excelente salário, tem 630 bombeiros militares”, argumentou.
O Rio é o estado com maior efetivo, equivalente a 25% de todos os 67.029 bombeiros do País.
Cabral elogiou os bombeiros fluminenses e se comprometeu com a recuperação salarial da classe. “ Temos que ter uma política salarial inteligente, sensata”, observou (Clarissa Mello).

fonte: http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/6/ducha_fria_nas_negociacoes_171358.html

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