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quinta-feira, julho 14, 2011

Repúdio a Tv Globo CONSELHO NACIONAL DAS GUARDAS MUNICIPAIS

Repúdio a Tv Globo CONSELHO NACIONAL DAS GUARDAS MUNICIPAIS

REPÚDIO À TV GLOBO DAS REPRESENTAÇÕES DE CLASSE DA GUARDA MUNICIPAL E DA POLÍCIA MILITAR EM RELAÇÃO A CENA DA NOVELA INSENTO CORAÇÃO QUE DENIGRE A IMAGEM DAS REFERIDAS CORPORAÇÕES.




Repúdio a Tv Globo CONSELHO NACIONAL DAS GUARDAS MUNICIPAIS VICE PRESIDÊNCIA PARA O ESTADO DO RIO DE JANEIRO MACAÉ-RJ

                                                              Macaé, 31 de junho de 2011
Ofício nº 049/2011
Senhor Diretor:
O Conselho Nacional das Guardas Municipais, através desta vice-presidência, manifesta nesta oportunidade repúdio ao diálogo estabelecido na novela “Insensato Coração”, levada ao ar no último dia 30, que denigre a imagem do guarda municipal pelo cunho altamente ofensivo à honra desse servidor público.
Com efeito, nessa cena, quando o ator que interpretava um delegado de polícia, ao realizar busca na residência do banqueiro Horácio Cortez, personagem de Herson Capri, foi questionado pela atriz Tainá Muller, na figura da filha do banqueiro, se ele recebia propina de motoristas bêbados, foi proferida a seguinte resposta: “Não sou guarda municipal e muito menos policial militar”.
Essa afirmação, prezado Diretor, além de ofender a honra de um servidor público que granjeia respeito pelo relevante trabalho que presta, atinge sobremaneira a instituição Guarda Municipal, que prima por exigir dos seus servidores o respeito à disciplinar, ao cidadão e ao serviço que presta à comunidade.
Não podemos aceitar que uma instituição secular, com atuação constitucionalmente delineada, tenha os seus componentes ofendidos por comentário desairoso através de meio de comunicação que alcança milhões de telespectadores por esse País afora, quando, ao contrário, deveria merecer o respeito pela atuação sempre altruísta em prol da coletividade.
À Direção da TV Globo S.A.
RIO DE JANEIRO – RJ
c/cópia: CNGM/Ipecs/arquivo
Pedimos, pois, providências para que haja imediata retratação nos próximos capítulos da novela, evitando que providências judiciais sejam tomadas a fim de resguardar o honorabilidade do guarda municipal, servidor de um segmento diferenciado da administração pública municipal que exige respeito.
Na certeza de sermos compreendidos, e atendidos, expressamos o nosso respeito a essa emissora que, sem qualquer sobre de dúvida, pauta procedimento que objetiva o desenvolvimento social, subscrevendo-nos,
                                                                     Atenciosamente,
Ronaldo Fontes Linhares
- Vice-Presidente CNGM/RJ
- Corregedor Geral da
Guarda Municipal de Macaé

REPÚDIO
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Extraído de: http://guardasmunicipaismg.com.br/repudio-a-tv-globo-das-representacoes-de-classe-da-guarda-municipal-e-da-policia-militar-em-relacao-cena-da-novela-insento-coracao-que-denigre-a-imagem-das-referidas-corporacoes/

Resposta da Rede Globo ao Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares

Ilmo. Sr.
Álvaro Batista Camilo
Coronel PM-Presidente
CNCG-PM/CBM – Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares
Prezado Cel. Álvaro,
Agradeço, em nome de Roberto Irineu Marinho, sua carta (Ofício no. 098/2011, de 30/06/11) relativo a cena da novela Insensato Coração exibida em 29/6.
Entendemos sua legítima preocupação quanto à fala do fictício delegado, entendida como preconceituosa contra a Polícia Militar, ainda mais em se tratando de uma instituição da mais alta importância para a sociedade. Respeitamos o inequívoco trabalho dos órgãos de segurança pública, e por isso mesmo temos colaborado em diferentes iniciativas relacionadas ao tema, bem como realizado ações para a sua promoção e valorização.
Entretanto, gostaria de fazer algumas ponderações com relação à cena em questão, transcrita abaixo e disponível em:
http://insensatocoracao.globo.com/capitulo/norma-se-revela-para-leo.html#cenas/1550389
Situação: polícia revista (com mandado judicial) a casa de Horácio Cortez (que acabara de ser preso no aeroporto, tentando fugir do país com uma mala de dinheiro) na presença de Rafael (filho de Cortez), quando chega Paula (irmã de Rafael).
Paula Cortez: O sr. é o responsável por essa palhaçada aqui?
Delegado: Delegado Rossi. E a sra. é…?
Paula Cortez: Uma das donas dessa casa. Eu acho um absurdo eu chegar aqui e estar essa bagunça, essa falta de respeito. Vocês não tem mais nada para fazer não, hein? Com tanto mendigo na rua para recolher. Que que vocês fazem, hein? Só recebem propina de motorista bêbado?
Delegado: Acho que a sra. tá confundindo um pouco as coisas, viu? Eu não sou guarda municipal, tão pouco sou policial militar. Por isso mesmo, eu vou te dar um refresco, e vou fingir que não ouvi o que a senhorita acabou de dizer, viu?
Paula Cortez: Como é que é o seu nome?
Delegado: Rossi
- Ah, eu vou te denunciar. Denunciar você e a sua corja. E acho melhor vocês saírem da minha casa…
Rafael Cortez: Cala a boca. Deixa de ser ridícula e pede desculpas.
Paula Cortez: Você tá do lado dele também agora, é?
Delegado: Escuta o seu irmão que ele sabe das coisas, ele estuda direito. Pergunta pra ele o que que é desacato à autoridade, pergunta.
Rafael Cortez: Você já deu ridículo bastante, agora sai do meu quarto. Vaza, por favor!
Como se pode ver no diálogo, a intenção de agredir a autoridade, fazendo acusações à “polícia” (entendida por ela como entidade única), é da personagem Paula, a filha sem ética do empresário criminoso que pouco antes tentara fugir junto com o pai.
Quando o delegado responde, não está ele próprio emitindo juízo ou concordando com as insinuações de leniência e corrupção: “a sra. está confundindo um pouco as coisas”, diz, e então explica – fazendo referência à fala anterior de Paula – que não é “guarda municipal”, uma vez que seria da Guarda Municipal (e não da Polícia Civil) a responsabilidade pela ordem urbana e pelo recolhimento da população de rua, e que não é “policial militar”, uma vez que seria da Polícia Militar (e não da Polícia Civil) a responsabilidade pelo policiamento ostensivo que flagra motoristas alcoolizados ao volante (situação em que poderia haver o ato de corrupção).
A resposta do delegado seria equivalente a dizer: “se você vai mesmo fazer uma provocação (que estou desconsiderando para não ter que lhe dar voz de prisão por desacato), saiba ao menos que há diferentes órgãos de segurança com diferentes funções”. Ele não acusa policiais militares ou guardas municipais de corruptos.
Espero que compreenda, assim, que não houve qualquer intenção de nossa equipe de criação neste sentido. Se, de toda forma, a percepção foi esta, tenha certeza que levaremos ao conhecimento dos autores, de modo que possam estar ainda mais atentos ao entendimento da trama pelo telespectador – algo essencial para a noção de qualidade que caracteriza a produção de teledramaturgia da TV Globo.
Por último, gostaria apenas de destacar o que consideramos um ponto relevante: a telenovela é uma obra autoral de ficção. A história é resultado unicamente da imaginação do autor, está no terreno da fantasia, sem vínculo necessário com a realidade. As tramas, situações e personagens (como a mau-caráter que acusa genericamente uma instituição pública) são meras invenções, assim compreendidas pelo público, que busca apenas entretenimento – seja na TV, no cinema, no teatro ou na literatura, da ficção científica às novelas de época. E é exatamente a liberdade de expressão e criação artística, um valor fundamental assegurado pela Constituição Federal, como bem apontado em sua carta, que permite a um autor contar uma boa história.
Permanecemos à disposição.
Um abraço cordial,
Luis Erlanger
Diretor da Central Globo de Comunicação

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