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segunda-feira, julho 25, 2011

Visão dos motoristas é um tema importante a ser discutido neste dia 25


Deficiências visuais tem que ser corrigidas com frequência a fim de evitar acidentes nas estradas
Deficiências visuais tem que ser corrigidas com frequência a fim de evitar acidentes nas estradas

O dia 25 de julho é dedicado aos motoristas e uma oportunidade para chamar a atenção à importância de manter-se em dia com todas as condições de um bom condutor. Entre os fatores que fazem um motorista responder com maior ou menor rapidez diante de uma situação de emergência está a qualidade e a quantidade de visão.

No Brasil, conforme algumas estatísticas, mais de 40 mil pessoas perdem a vida anualmente em razão dos acidentes de trânsito. A imprudência e o descuido de motoristas com alguns fatores é a causa de grande parte dessas fatalidades, pois é preciso estar totalmente alerta para responder adequadamente aos estímulos demandados enquanto se está na direção.

De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Detran) um motorista com acuidade visual igual a 20/400 ou 0,05 é considerado um deficiente visual impedido de dirigir sem a correção adequada.

Estudos revelam que o tempo médio de reação de uma pessoa em bom estado de saúde, incluindo a visão, é de aproximadamente 0,75 segundos. É o tempo que o cérebro necessita para processar as informações que está recebendo e definir uma ação.

PREVENÇÃODe acordo com o oftalmologista, Canrobert Oliveira, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), “a prevenção é a maneira mais eficaz de se manter longe dos problemas de saúde”.  Ele relaciona alguns problemas de visão que precisam ser corrigidos, especialmente, em fases definidas da vida, para que uma pessoa possa ter o controle da direção de um automóvel sem oferecer perigo aos passageiros e aos que trafegam nas ruas e nas estradas.

PRIMEIRA CARTEIRAAté os 20 anos de idade, as pessoas estão mais sujeitas ao aparecimento de irregularidades visuais como o ceratocone, uma irregularidade não-inflamatória de origem multifatorial que pode levar ao desenvolvimento de elevados graus de astigmatismo. Os tratamentos disponíveis são avançados no sentido de estabilizar a córnea e permitir a correção refrativa, a correção do grau, e “com este ajuste é possível ter êxito nos exames do Detran”, comenta Canrobert.

Também nesta faixa etária a miopia, a hipermetropia são frequentes. A miopia, hipermetropia e o astigmatismo são perceptíveis quando as reclamações relacionam-se às dificuldades para enxergar de longe, de perto, ou quando a imagem é focada em duplicidade na retina e a visão fica embaralhada, respectivamente. O oftalmologista adverte que todas essas dificuldades afetam o bom desempenho do motorista e devem ser corrigidas antes de pegar a direção. 


RENOVAÇÃO
A iluminação precisa ficar mais intensa quando chegam os 40 anos de idade. É quando aparecem as dificuldades de visão decorrentes da presbiopia, popularmente chamada de vista cansada. Canrobert destaca que é uma das fases mais produtivas da vida e, para a maior parte das pessoas que vivem nas grandes cidades, estar com a qualidade de visão bem resolvida é ganhar agilidade, pois dirigir é condição para realizar a maior parte das atividades diárias.

Acontece que a partir dos 40 anos, o cristalino – a lente natural do olho por onde passam os raios de luz que formarão as imagens – perde elasticidade e o processo de auto-acomodação visual para focar objetos de perto e de longe começa a apresentar dificuldades para acontecer, explica.

Uma solução adotada por alguns motoristas míopes é fazer a correção com báscula, um olho fica bom para longe e outro para perto. Já os hipermetropes dispõem da moderna técnica Presbylasik. Ambas facilmente conquistadas com a aplicação do Excimer Laser. “O cérebro absorve com tranquilidade a necessidade de adequação provocada pela báscula, mas o Detran pede que o motorista esteja com os dois olhos corrigidos na hora do exame de aptidão para carteira profissional e, na categoria amador, tenha pelo menos 20/25 de acuidade visual no olho dominante”, alerta Canrobert.

ESTACIONAMENTO PRIVILEGIADOQuando o motorista alcança a idade de estacionar naquelas vagas privilegiadas, normalmente está na hora de reavaliar a visão com o oftalmologista. Depois dos 60 anos, a catarata se faz presente na vida.

De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a cada ano, cerca de 600 mil brasileiros recebem o diagnóstico de catarata.  O tratamento é cirúrgico para realizar o implante de lente intraocular. O procedimento permite o retorno da boa visão, concedendo autonomia e, a depender da lente implantada, até livrar o paciente dos óculos para dirigir. 

A catarata é a opacificação do cristalino, lente natural dos olhos e que ao amarelar, em consequência do envelhecimento do organismo, impede a passagem da luz para a formação nítida das imagens na retina e consequentemente no cérebro. 

CHECK UP
Segundo Canrobert, esses são os casos mais freqüentes que atrapalham os motoristas no decorrer da vida, mas é importante a realização de um check up anual para avaliar se não há nenhuma irregularidade na retina ou o risco de glaucoma que também afetam a performance do motorista. 

O glaucoma, por exemplo, limita o campo visual de seu portador que deve manter-se em tratamento para preservar a quantidade de visão que lhe resta, uma vez que as lesões causadas são irreversíveis. Um dos sintomas do glaucoma revela-se muitas vezes ao volante, pois o portador passa a enxergar, nos casos mais avançados, como se estivesse olhando por um tubo, o que está à frente. A visão periférica, aquela responsável pela visão dos objetos em volta do ponto onde estamos olhando, visão central, vai diminuindo gradualmente, observa Canrobert.






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