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segunda-feira, agosto 15, 2011

Morte de juíza teria sido comemorada por policiais em churrasco, acusa primo

Humberto Nascimento, primo da magistrada, fez a acusação durante protesto realizado por amigos e parentes em frente à 4ª Vara Criminal de São Gonçalo

Rio - O assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, morta na última quinta-feira em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, teria sido comemorado com um churrasco com a presença de policiais, neste fim de semana, em São Gonçalo. A afirmação foi feita por Humberto Nascimento, primo da magistrada, durante protesto realizado por amigos e parentes da vítima em frente à 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, no início da tarde desta segunda-feira.

Família da juíza e amigos fizeram protesto nesta segunda-feira | Foto: Paulo Alvadia / Agência Dia
Humberto ainda criticou a postura do Governo do Estado, que descartou a colaboração do Polícia Federal (PF) no caso. "Isso é uma decisão do governador, não podemos fazer nada a respeito. Queríamos a presença da PF pelo menos como observadora. Qualquer ajuda é bem-vinda. Se o governador decidiu assim, ele terá que dar uma resposta rápida", afirmou.

Cerca de 50 pessoas se amordaçaram em frente à 4ª Vara Criminal com panos pretos e jogaram rosas com uma faixa com os dizeres: "Quem silenciou a voz da Justiça?". Uma cruz que foi retirada neste domingo da Praia de Icaraí, na Zona Sul de Niterói, vai ser recolocada no mesmo lugar a pedido da população do município, que cobra uma solução para o caso.


O Disque-Denúncia recebeu 72 ligações sobre o asassinato da juíza Patrícia Acioli até a manhã desta segunda-feira. Segundo nota divulgada pelo Disque-Denúncia, todas as informações estão sendo encaminhadas diretamente para a Delegacia de Homicídios da Capital, que investiga o crime. Quem tiver alguma informação a respeito dos autores do assassinato, pode ligar para o telefone (21) 2253-1177. O anonimato é garantido.
Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Corpo da magistrada foi sepultado na última sexta-feira | Foto: Carlo Wrede / Agência Dia
Juíza linha dura

Segundo o primo da juíza, ela tinha o perfil "linha dura". "Ela era considerada 'martelo pesado' como se chama. Sempre com condenações em pena máxima. Ela condenou gente ligada a máfia do óleo, máfia das vans, milícia de São Gonçalo que estava crescendo absurdamente, policiais envolvidos com desvio, corrupção e tráfico de drogas. Há cerca de quatro anos, ela teve a segurança retirada por ordem do presidente do Tribunal de Justiça do Rio da época", afirmou Nascimento, se referindo ao atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), Luiz Zveiter.

Conhecida pelo seu rigor contra grupos de extermínios formados por PMs, Patrícia Acioli tinha 47 anos | Foto: Reprodução Internet
Ainda segundo ele, a prima sempre recebeu ameaças de pessoas envolvidas com máfias, grupos de extermínio e traficantes que atuam em São Gonçalo, Região Metropolitana. As últimas, porém, eram relativas a milícias que atuam no município. De acordo com Humberto, a juíza participaria na próxima semana de um julgamento importante envolvendo milicianos.

Patrícia Acioli foi a responsável pela prisão de quatro cabos da Polícia Militar e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio no município de São Gonçalo. A quadrilha sequestrava e matava traficantes para depois pedir resgates de R$ 5 mil a R$ 30 mil a comparsas e parentes das vítimas.

Ela também decretou, em janeiro deste ano, a prisão preventiva de seis policiais acusados de forjar auto de resistência na cidade. No início da semana, Patrícia Acioli condenou a um ano e quatro meses de prisão, por homicídio culposo, o tenente da PM Carlos Henrique Figueiredo Pereira, 32, pela morte do estudante Oldemar Pablo Escola de Faria, na época com 17 anos. Ele foi baleado na cabeça na boate Aldeia Velha, no bairro Zé Garoto, em São Gonçalo, em setembro de 2008.

O crime

Segundo testemunhas, o ataque foi feito por homens encapuzados em duas motos e dois carros, por volta das 23h30 desta quinta-feira. Pelo menos 16 tiros de pistolas calibres 40 e 45 foram disparados contra o Fiat Idea Weekend cinza da magistrada quando ela chegava em casa. Todos atingiram do lado da motorista, sendo oito diretamente o vidro. As balas atingiram principalmente a cabeça e tórax da magistrada. Ele não andava com seguranças. Imagens do sistema de segurança da região estão sendo analisadas pela Delegacia de Homicídios (DH) do Rio, que assumiu o caso.

fonte: http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/8/morte_de_juiza_teria_sido_comemorada_por_policiais_em_churrasco_acusa_primo_184943.html

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