Adesão ocorrerá de forma progressiva e classe tenta novo acordo
O Conselho de Representantes
da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF),
composto pelo Presidente da entidade e pelos Presidentes e Delegados dos
24 Sindicatos estaduais (SINPRFs), reunido na manhã deste sábado
(18/08), decidiu, por unanimidade, ratificar a primeira greve geral da
categoria, a partir desta segunda-feira (20/08).
A
adesão ocorrerá de forma progressiva, pois alguns sindicatos ainda
devem cumprir determinados ritos legais e estatutários, enquanto que
outros estarão em greve a partir desta segunda-feira (20/08). Na reunião
ficou confirmado que até a próxima sexta-feira (24/08), um dia após a
reunião com o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG),
vinte e um dos vinte e quatro sindicatos da base já estarão em greve.
Durante o período de greve, apenas 30% do efetivo fará a ronda
nas rodovias federais do estado, exercendo apenas serviços considerados
essenciais.
O Conselho também definiu que as orientações sobre as ações grevistas
serão encaminhadas para todos os sindicatos pela Comissão Nacional de
Greve da FenaPRF e que todos os sindicatos deverão cumprir a
programação.
A
Comissão Nacional de Greve destacou que o combate aos crimes como o
roubo de cargas, tráfico de drogas, contrabando, descaminho, sonegação
de impostos, exploração sexual de crianças e adolescentes e crimes de
trânsito, lamentavelmente ficará prejudicado por causa da intransigência
do Governo Federal.
“Os números comprovam que ano a ano a PRF [Polícia Rodoviária
Federal] é a polícia que mais apreende drogas neste país, em torno de 90
toneladas/ano. A PRF também é destaque em organização e eficiência em
tudo que participa, a prova mais recente foi o reconhecimento recebido
do Governo durante a Rio+20 [Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável], onde, em apenas nove dias, foram
apreendidas cerca de seis toneladas de entorpecentes. Nosso papel é
proteger a vida e combater todos os tipos de crime, mas infelizmente, o
Governo não dá importância e valor para isso em nosso País”, exclamou
Marcos Khadur, integrante da Comissão.
Em
suas falas, todos os representantes sindicais alegaram que a culpa da
insatisfação da categoria é somente do Governo que, ao longo dos anos,
nunca deu o mesmo tratamento que outras carreiras típicas de Estado
receberam. E declararam que a categoria está unida e motivada para
atender a programação do movimento grevista.
O presidente da FenaPRF, Pedro Cavalcanti, disse que a solução do
impasse está nas mãos do Governo. “Temos uma reunião com o MPOG para 23
de agosto, e esperamos que o Governo apresente uma proposta que
satisfaça os anseios da categoria. Se isso não ocorrer permaneceremos em
greve”, finalizou.
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