Devido ao feriado de Corpus Christi, grande parte da população viaja, o que aumenta o fluxo de veículos nas estradas, aumentando os riscos de acidentes
O Hemocentro Regional de Campos, instalado no Hospital Ferreira Machad, é o único que atende as regiões Norte e Noroeste Fluminense e, ainda, os hospitais públicos e privados da região. Com isso, é grande a necessidade de um expressivo número de pessoas doando sangue. Considerada um ato de amor, a doação é necessária para que a saúde pública funcione e para que possa trabalhar para a própria população, maior beneficiada. O município tem um baixo estoque de sangue, frequentemente, em destaque na mídia. Devido ao feriado de Corpus Christi, grande parte da população viaja, o que aumenta o fluxo de veículos nas estradas e rodovias, aumentando os riscos de acidentes. O Hemocentro funciona de segunda a domingo, das 7h às 18h. No dia 14 de junho, é comemorado o Dia Mundial da Doação de Sangue.
- O nosso estoque de sangue vive praticamente no limite. Trabalhamos sempre na linha do estoque crítico, pois atendemos a Campos e mais 17 municípios da região Norte e Noroeste Fluminense. Além disso, também, atendemos hospitais públicos e privados. Nos últimos anos, a necessidade e demanda de sangue têm aumentado muito e o quantitativo de doações não tem acompanhado esse crescimento de solicitações – informa a diretora do Hemocentro, Daniela Tudesco, que é hematologista e hemoterapeuta.
Ela também fala sobre a média de doações. “Temos tido uma media razoável: 1.030 doações, que ainda é muito pouco, tendo em vista a grande demanda de sangue do nosso município e região. Por dia, o número de pessoas que passam por aqui, em termos de doadores, tem sido baixo. Precisamos de 80 doadores, por dia, para atendermos a todos. Teríamos que ter, em média, 3,5% da população doando. Na nossa cidade, não chega a 1,5%”, informa Daniela Tudesco.
No ano passado, em média, 7.500 pessoas doaram sangue. Neste ano, de janeiro a 16 de maio, foram contabilizadas 2.900 em média também. A diretora ainda informou que, por mês, deveria haver 2.400 doações, e mostrou nos últimos dados que, em cinco meses deste ano, o Hemocentro realizou 2900. “Precisamos conscientizar a população, para doar e salvar vidas. Uma doação pode ajudar até várias pessoas”.
Mas, a falta de sangue não é só no Hemocentro de Campos. O problema afeta também os grandes hemocentros. Isso acontece em quase todos os setores que trabalham com a hemoterapia. “Acredito que o sangue é vida, veículo de aliança, acredito que seja um ato de solidariedade, cidadania, um ato humanístico: a pessoa ser um doador fidelizado. Muitos comparecem para fazer a doação de reposição. Estes só vêm para necessidade da família ou conhecido. Já os doadores voluntários, independente se têm alguém doente ou não na família, ele é fiel. Graças ao doador voluntário, fidelizado, nós conseguimos manter o estoque funcionando na medida do possível. Se os doadores de reposição tivessem consciência da importância da doação, que é essencial para a garantia da sobrevivência da população, já seria um grande avanço”, declara.
fonte - http://campos24horas.com.br
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