A Guarda Civil espanhola deteve quatro alegados membros da ETA em Bilbau e arredores, suspeitos de envolvimento no atentado contra o inspector da polícia Eduardo Puelles, assassinado pela ETA a 19 de Junho de 2009 em Arrigorriaga (Biscaia).
Os quatro detidos são o casal Íñigo Zapirain e Beatriz Etxebarria, a que se juntam Lorena López (este três detidos em Bilbau) e Daniel Pastor, com casas em Galdakao e Bilbau. No decorrer da operação foram descobertos cerca de 200 quilos de explosivos bem como material destinado ao fabrico de bombas, anunciou hoje de manhã o ministro do Interior espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba.
Durante as investigações "encontrámos uma quantidade importante de explosivos, cerca de 200 quilos, bem como material para fabricar bombas", disse o ministro em conferência de imprensa em Madrid. Tratou-se da primeira operação de envergadura contra a organização independentista basca depois do anunciado o cessar-fogo unilateral anunciado a 10 de Janeiro.
Os "quatro presumíveis militantes da ETA" pertencem a um "suposto comando do grupo terrorista", explicou o ministro, adiantando que esta operação poderá ajudar a "esclarecer uma série de atentados, cometidos na Biscaia e cujos autores são desconhecidos". Os quatro detidos, são suspeitos de pertencer ao comando responsável pelo assassínio do polícia Eduardo Puelles, a última vítima mortal da ETA no País Basco.
Puelles foi morto numa explosão provocada por uma bomba fixada por baixo do seu carro num parque de estacionamento próximo da sua casa em Arrigorriaga, Bilbau. Os detidos terão também participado em atentados em Burgos e Cantábria (norte de Espanha) registados na mesma altura. O atentado mais grave, com uma furgoneta armadilhada, causou 65 feridos.
Após 17 meses sem atentados, a ETA anunciou a 10 de Janeiro um "cessar-fogo" unilateral "permanente" e "geral", um anúncio desvalorizado pelo Governo espanhol, que exigiu à organização o abandono sem condições da luta armada.
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