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quinta-feira, junho 30, 2011

Manifestação termina em confronto na região da Rua 25 de Março

Lojistas de shopping protestavam contra operação da Prefeitura de SP.
GCM utilizou bombas de efeito moral em confronto na Rua Barão de Duprat.


Protesto realizado na manhã desta quinta-feira em SP (Foto: Robert Santos Correa de Moraes/VC no G1)Protesto realizado na manhã desta quinta-feira em SP (Foto: Robert Santos Correa de Moraes/VC no G1)
Uma manifestação de lojistas do Shopping Mundo Oriental terminou em confronto na manhã desta quinta-feira (30) na região da Rua 25 de Março, no Centro da capital paulista, segundo a assessoria da Guarda Civil Metropolitana (GCM).
Os guardas utilizaram bombas de efeito moral para dispersar o protesto na Rua Barão de Duprat. Por sua vez, os manifestantes chegaram a bloquear totalmente a Avenida Senador Queirós com pedaços de papelão e madeira incendiados. Equipes do Corpo de Bombeiros apagaram o fogo e o trânsito às 11h40 havia sido liberado. Apesar disso, havia lentidão na região.
O protesto, que contou com a participação de cerca de 400 pessoas, segundo a GCM, era contra a restrição da entrada dos lojistas feita no shopping pelo Gabinete de Segurança e pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana. O estabelecimento foi fechado novamente nesta quarta-feira (29) durante operação de combate à pirataria.
Elon Gonçalves, representante dos vendedores do Shopping Mundo Oriental, disse que os comerciantes estão cansados das operações. “Anteontem [terça-feira] vieram para fechar duas lojas e fecharam tudo. Ontem aconteceu de novo”, reclamou. Ele afirma que, assim como ele, diversos lojistas do centro comercial estão em situação regular. “Eles têm que vistoriar quem está errado. Não é justo fechar tudo por causa deles”, disse a também comerciante Cristiane Couto.
Bombeiros apagam o fogo em avenida (Foto: Glauco Araújo/G1)Bombeiros apagam o fogo em avenida (Foto:
Glauco Araújo/G1)
A comerciante Paula dos Santos, de 37 anos, grávida de 6 meses, se assustou com a confusão. "Cheguei para trabalhar e a GCM já estava na porta. Tive medo de entrar em minha loja por causa do bebê. Eles, quando chegam aqui, não querer saber se tem idoso, criança ou mulher grávida. Chegam batendo, jogando bomba."
Segundo o advogado Enderson Blanco Souza, que defende os comerciantes do shopping, a GCM não tinha autorização para entrar. Ele afirmou que os guardas apresentaran um decreto municipal dizendo que autorizaria a operação. “Só que esse documento só vale se eles estiverem integrando uma operação como força-tarefa, com integrantes da Receita Federal e da Polícia Federal.” O defensor acrescentou que nenhum fiscal federal e nenhum policial federal esteve na operação. “A Guarda só pode entrar em prédio particular se tiver ordem judicial, o que não é o caso desses três dias de operação."
O inspetor Marcos Ferreira, da GCM, rebate as acusações. “Temos documentação para a operação. Temos um decreto municipal que nos garante a legitimidade do trabalho de hoje. Estamos combatendo a pirataria."
Truculência
O secretário da Segurança Urbana, Edsom Ortega, nega que a GCM tenha atuado com truculência. “O que há é a reação de quem comete crime e quer continuar a cometer crime.” Em entrevista ao SPTV, ele acrescentou que a Prefeitura já havia tentado conscientizar os vendedores a respeito do comércio irregular. “Foi feito trabalho educativo e mesmo assim eles insistem em vender mercadoria contrabandeada e até roubada.”
Após o confronto, policiais militares chegaram e afastaram os manifestantes dos guardas-civis. Não há informações sobre feridos ou presos no confronto desta manhã. Com a presença da PM, a situação estava mais calma na região por volta das 11h40. Mesmo assim os comerciantes de lojas vizinhas não voltaram a abrir suas portas com medo de vandalismo.

A Prefeitura informou nesta quarta-feira que havia fechado quatro estabelecimentos durante a operação - dois na região da 25 de Março e dois na região da Avenida Paulista. E anunciou que eles permaneceriam sob rigorosa fiscalização nos próximos dias em todas as lojas e documentação.
Guardas-civis posicionados na região da Rua 25 de Março (Foto: Glauco Araújo/G1)Guardas-civis posicionados na região da Rua 25 de Março (Foto: Glauco Araújo/G1)
 

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