O Quartel-General da Polícia
Militar vai ser transformado em diretoria administrativa da corporação,
iniciando um processo que visa ao fim do conceito de aquartelamento
imposto à PM, informou na quarta-feira o governador Sérgio Cabral. Ele
adiantou que o objetivo é aumentar o efetivo do policiamento ostensivo
nas ruas. A modernização da corporação atingirá de imediato os batalhões
de Botafogo e Tijuca. Até 2014, o novo modelo será estendido a todas as
unidades, disse Cabral durante formatura de 499 novos policiais
militares no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap), em
Sulacap.
Até o Bope pode deixar o aquartelamento
O programa de remodelação está sendo desenvolvido pela Casa Civil do estado, pela Secretaria de Segurança e pelo comando da Polícia Militar.
- O conceito atual é completamente equivocado. Tem 200 anos e vai ser todo modificado. Nenhuma cidade do mundo, Nova York, Paris, Madri, Roma, tem esse conceito de quartel. Trabalha com polícia ostensiva, de polícia nas ruas, de logística - argumentou o governador. - Ninguém garante a ordem pública dentro de quartel. Este conceito vale para as Forças Armadas, cujas tropas ficam aquarteladas porque não é função delas garantir a segurança pública. A exceção para nós é a Força de Paz no Complexo do Alemão.
Cabral disse ainda achar que até mesmo unidades especiais, como o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque (BPChoque), não precisam do modelo de aquartelamento.
- As tropas especiais, como o Bope, o Choque, essas áreas de formação (Cfap), também trabalham com o conceito equivocado. Não tem cabimento isso. O quartel é um conceito do Exército, Marinha e Aeronáutica, porque são forças militares aquarteladas e a nossa polícia é ostensiva. Vamos rever isso - prometeu o governador.
O governo trabalha com três focos em um primeiro momento: o Quartel Central, que vai virar diretoria administrativa, enxugando número de pessoas e dando racionalidade e saindo daquele local; o quartel de Botafogo (2º BPM) e o da Tijuca (6º BPM).
Um dos responsáveis pelo projeto, o chefe do Estado-Maior Administrativo da PM, coronel Robson Rodrigues, informou que vários modelos para otimizar o trabalho da PM estão sendo estudados e que já é certo que do jeito que está não vai ficar. Ele adiantou que as novas instalações serão menores para que o policial fique o menor tempo possível dentro das unidades.
- Esta ideia se insere num conjunto de medidas que a atual gestão do estado vem tomando nos últimos anos, como as Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisps) e as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), que saem de dentro dos quartéis para um contato mais direto com a população. Com certeza, teremos instalações menores, ágeis, modernas, com outra arquitetura, num formato não militar - observou o coronel Robson.
Cientista político, professor da Uerj, o coronel Jorge da Silva elogiou a iniciativa que, segundo ele, não é nova.
- A Polícia Militar vem de uma ideia de força auxiliar e reserva do Exército. É uma tradição antiga. Os PMs eram aquartelados à imagem e semelhança dos militares do Exército. A ideia de dar uma identidade policial à PM é correta. Mas a crítica não deve ir para o quartel e sim para o aquartelamento. Será um processo trabalhoso por causa do tamanho da corporação - comentou Jorge da Silva, que já foi chefe do Estado-Maior Geral da PM e secretário de Direitos Humanos do estado.
Até o Bope pode deixar o aquartelamento
O programa de remodelação está sendo desenvolvido pela Casa Civil do estado, pela Secretaria de Segurança e pelo comando da Polícia Militar.
- O conceito atual é completamente equivocado. Tem 200 anos e vai ser todo modificado. Nenhuma cidade do mundo, Nova York, Paris, Madri, Roma, tem esse conceito de quartel. Trabalha com polícia ostensiva, de polícia nas ruas, de logística - argumentou o governador. - Ninguém garante a ordem pública dentro de quartel. Este conceito vale para as Forças Armadas, cujas tropas ficam aquarteladas porque não é função delas garantir a segurança pública. A exceção para nós é a Força de Paz no Complexo do Alemão.
Cabral disse ainda achar que até mesmo unidades especiais, como o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque (BPChoque), não precisam do modelo de aquartelamento.
- As tropas especiais, como o Bope, o Choque, essas áreas de formação (Cfap), também trabalham com o conceito equivocado. Não tem cabimento isso. O quartel é um conceito do Exército, Marinha e Aeronáutica, porque são forças militares aquarteladas e a nossa polícia é ostensiva. Vamos rever isso - prometeu o governador.
O governo trabalha com três focos em um primeiro momento: o Quartel Central, que vai virar diretoria administrativa, enxugando número de pessoas e dando racionalidade e saindo daquele local; o quartel de Botafogo (2º BPM) e o da Tijuca (6º BPM).
Um dos responsáveis pelo projeto, o chefe do Estado-Maior Administrativo da PM, coronel Robson Rodrigues, informou que vários modelos para otimizar o trabalho da PM estão sendo estudados e que já é certo que do jeito que está não vai ficar. Ele adiantou que as novas instalações serão menores para que o policial fique o menor tempo possível dentro das unidades.
- Esta ideia se insere num conjunto de medidas que a atual gestão do estado vem tomando nos últimos anos, como as Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisps) e as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), que saem de dentro dos quartéis para um contato mais direto com a população. Com certeza, teremos instalações menores, ágeis, modernas, com outra arquitetura, num formato não militar - observou o coronel Robson.
Cientista político, professor da Uerj, o coronel Jorge da Silva elogiou a iniciativa que, segundo ele, não é nova.
- A Polícia Militar vem de uma ideia de força auxiliar e reserva do Exército. É uma tradição antiga. Os PMs eram aquartelados à imagem e semelhança dos militares do Exército. A ideia de dar uma identidade policial à PM é correta. Mas a crítica não deve ir para o quartel e sim para o aquartelamento. Será um processo trabalhoso por causa do tamanho da corporação - comentou Jorge da Silva, que já foi chefe do Estado-Maior Geral da PM e secretário de Direitos Humanos do estado.
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