Autoridades
de diferentes áreas, como saúde, educação, assistência social, trânsito
e segurança, se reuniram na tarde desta sexta-feira (9), no gabinete do
secretário de Saúde, Geraldo Venâncio, para apresentar propostas de
ações para a realização de uma campanha de prevenção a acidentes
envolvendo motocicletas. Conforme o secretário, a incidência desse tipo
de acidente no município já é considerada epidêmica e um caso de saúde
pública, exigindo, por parte das autoridades, ações mais incisivas e
eficazes de prevenção e repressão. Na reunião, foi formado um comitê
para gerir a campanha.
O
comitê terá a representação das secretarias de Saúde e Educação,
Empresa Municipal de Transportes (Emut), Hospital Ferreira Machado
(HFM), Guarda Civil Municipal, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e
Polícia Rodoviária Federal. Uma primeira ação está prevista para o dia 3
de dezembro, Dia Nacional do Deficiente Físico. “Será uma ação
educativa, uma vez que a Secretaria de Assistência Social, através do
Setor de Proteção à Pessoa com Deficiência, já tem um evento previsto e
várias dessas pessoas são cadeirantes, vítimas de acidentes com motos”,
falou Venâncio.
O
presidente da Emut, Álvaro Oliveira, disse que a prefeita Rosinha
Garotinho determinou uma campanha específica para educação para o
trânsito: “Vamos unir forças e, com apoio da Guarda e das forças de
segurança, intensificar a fiscalização, com autuação, apreensão de
veículos e aplicação de multas, além de toda parte de orientação”.
O
inspetor chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização da PRF, Carlos
Eduardo Braga, enfatizou a importância de uma campanha que alcance
parentes de motociclistas: “Campanha de educação para motorista e
motociclista não surtem muito efeito, porque eles já são adultos e sabem
o que é certo e errado. O ideal é alcançar a família, para que o pai, a
mãe ou o responsável tenham noção do risco de um filho ou parente usar
moto. Num acidente, mesmo a 20 km por hora, a queda de uma moto pode ser
fatal. Muitos não têm habilitação ou transitam sem os equipamentos de
segurança e, nessa situação, a família pode ajudar a reduzir os índices
de acidentes e de óbitos”.
O
comandante do 8º BPM, coronel Lúcio Baracho, disse que o número de
motos que transitam em Campos é duas vezes maior do que o de Niterói. “A
maior parte dos motociclistas não têm habilitação ou atuam na
ilegalidade e, nesse sentido, como a Polícia Militar, assim como a PRF,
atua na repressão, podemos intensificar a fiscalização. Mas podemos,
também, buscar depoimentos de famílias que perderam entes, vítimas de
acidentes de moto e tentar comover a sociedade, para conseguirmos a
adesão de todos nessa campanha”.
O
secretário de Saúde disse que outras reuniões serão realizadas para a
apresentação das próximas ações: “Nesse período de Natal, final de ano,
verão, os acidentes aumentam e queremos conseguir reverter esse quadro
em Campos”. Também participaram da reunião a secretária de Educação,
Joílza Rangel; o 2º tenente do 5º Grupamento de Bombeiros Militares,
Thomaz Dutra; o coordenador de Trânsito da Guarda Municipal, Walter
Novaes; o coordenador de Proteção Social para Pessoas Deficientes,
Reginaldo Ferreira; o diretor da Fundação de Apoio a Pessoas com
Deficiência (FADEf), Ronaldo Cruz; entre outros representantes de órgãos
municipais e das forças de segurança.
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