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segunda-feira, agosto 22, 2011

Para comandante da PM está comprovada participação de policiais na morte de juíza

Rio - O comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, afirmou que não tem dúvidas da participação de homens da instituição na morte da juíza Patrícia Acioli. No dia seguinte após O DIA revelar que as balas usadas na morte da magistrada serem de uso exclusivo da PM, Mário Sérgio afirmou que mesmo que não tenham atirado contra Patrícia houve participação nem que seja na elaboração do crime.

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O laudo balístico ainda não foi divulgado pela Delegacia de Homicídios, o que deve acontecer nos próximos dias. Anteriormente, o comandante já tinha prometido rigor na punição de qualquer policial militar que tenha participação comprovada no assassinato.
Juíza chegava em casa dirigindo um Fiat Idea quando 21 tiros foram disparados pelos assassinos, em Niterói | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
"Apesar de não termos ainda a confirmação que as balas que mataram a juiza tenham sido disparadas por um PM, já suspeitávamos do envolvimento de policiais nisso por causa do grande número de casos julgados por ela e de policiais presos em virtude do envolvimento em crimes naquela região. Se ficar confirmado que foram policiais que mataram a juíza, eles serão expulsos e não tem nem outra hipótese a se cogitar. É expulsão imediata", disse Mário Sérgio.

Lote foi para o 7º BPM

Os agentes da Divisão de Homicídios (DH) já sabem que os cartuchos de calibre 40 arrecadados no local da execução, em Piratininga, Niterói, são de um lote de 10 mil projéteis vendido pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) à PM. O próximo passo da investigação é descobrir quais foram os batalhões abastecidos. Informalmente, a Secretaria de Segurança levantou que parte da munição foi distribuída para três unidades — uma delas seria o 7º BPM (São Gonçalo).
>> FOTOGALERIA: Imagens do assassinato da juíza Patrícia Acioli
No local onde a juíza foi assassinada, no dia 11, policiais da DH encontraram cápsulas de dois calibres: 40 e 45. No entanto, só os projéteis de calibre 40 são usados pela PM. Os de calibre 45 são exclusivos das Forças Armadas. A magistrada foi atingida por 21 disparos. Segundo fontes ligadas à investigação e à cúpula da Secretaria de Segurança, como os cartuchos têm número de lote, os investigadores pediram informações à fabricante do material e souberam o nome do comprador. Na sexta-feira, a PM foi consultada pela Secretaria sobre a distribuição do lote para fazer o levantamento. Numa verificação superficial, viu que parte dos cartuchos é do estoque enviado a unidades do Interior.
 Corregedor na mira de milícia

Na semana em que a juíza foi morta, outra autoridade recebeu ameaças. Informações passadas ao Disque-Denúncia no dia 18 dão conta de plano para matar o corregedor-geral da PM, coronel Ronaldo Menezes. Segundo o relato, o crime estaria sendo tramado por policiais civis e militares (entre estes, um PM reformado), todos ligados a uma milícia de Ramos, Zona Norte. Dois dos policiais citados já foram presos pela Polícia Federal. Ainda segundo a denúncia, o motivo do crime seria a suposta prisão dos envolvidos, determinada pelo coronel Menezes. Procurado, o oficial não comentou o assunto.
Outro pedido de escolta negado
Em processo de março de 2009, o Tribunal de Justiça negou escolta para Patrícia Acioli. O despacho foi dado pela juíza Sandra Kayat, por ordem do então presidente do TJ e atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Luiz Zveiter. A decisão foi tomada ‘por não se vislumbrar a necessidade de adoção de qualquer medida extraordinária de segurança’.

Zveiter afirmou que a escolta de Patrícia foi retirada, em 2007, antes de sua gestão no TJ. Advogado da família da juíza, Técio Lins e Silva disse que vai pedir cópia do processo para ver se as informações podem ajudar nas investigações.

fonte - http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/8/para_comandante_da_pm_esta_comprovada_participacao_de_policiais_na_morte_de_juiza_186758.html

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