O
vereador Paulo César Genásio vai propor ao presidente da Câmara,
vereador Edson Batista, a criação de uma comissão para auxiliar os
guardas municipais na luta pelas suas reivindicações. A idéia surgiu
durante audiência pública na sexta-feira (08), na Casa de Leis, que teve
como tema “A Guarda Civil Municipal no cenário da segurança pública de
Campos”.
Na ocasião, um
abaixo-assinado, com a assinatura de guardas não só de Campos, mas de
outras cidades como Cabo Frio, Saquarema, Miracema, Anchieta e Vila
Velha, ambos no Espírito Santo, foi entregue pelo presidente da
Associação de Guardas de Campos, Wellington Levino de Souza, ao deputado
federal, Paulo Feijó, para que junto com Anthony Garotinho, seu colega
no Parlamento Nacional, possa pressionar a Câmara dos Deputados a votar a
PL 1332, que, entre outras melhorias, regulamenta a profissão.
Também participaram da reunião a secretária municipal de Educação,
Marinéa Abud, promotor de Justiça, Marcelo Lessa, deputado estadual
Geraldo Pudim, ex-comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM),
Flávio Baracho, o inspetor da Guarda Municipal de São José dos Campos,
em São Paulo, Elvis de Jesus, prefeito de Santo Antônio de Pádua e
ex-comandante do 8º BPM, coronel Josias Quintal, presidente do Conselho
Municipal de Guardas, Rogério Cabral, pesquisador de segurança pública,
João Alexandre, vereadores, entre outras autoridades.
O promotor Marcelo Lessa disse que, embora a Constituição Federal
fale da guarda com timidez , ele entende que ela é personagem da
segurança pública. “Hoje nem a presença de um juiz tem inibido a
criminalidade. Então, como desprezar a guarda como agende de segurança
pública”, indagou.
Já o inspetor Elvis, para mostrar que segurança pública se faz com
integração, citou a cidade de Simões Filho, na Bahia, onde o índice de
homicídios chega a 163,9 por 100 mil habitantes, quando o tolerado pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) é de apenas 11 por 100 mil
habitantes.
“Em São José dos Campos, o índice é de 10,6 por 100 mil habitantes. O
que está errado em Alagoas é a falta de políticas públicas integradas.
Sem prevenção e investimento no ser humano não se faz nada”, disse ele,
que é a favor do uso de arma de fogo pelos guardas.
O pesquisador João Alexandre afirmou que o quadro atual do país é
preocupante. “Temos um alto índice de corrupção, magistrados sendo
afastados, pedofilia nas igrejas, enfim, um quadro caótico, que recai
nos ombros dos operadores de segurança pública. Temos um crime
organizado e um sistema público desorganizado”, disse ele, criticando a
não liberação do porte de armas para os guardas. “O país tem 130 mil
guardas que são tratados como débeis mentais, já que pensam que eles vão
sair por ai atirando”, acrescentou.
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