Um protesto realizado na noite desta quarta-feria reuniu alunos do IFF, da UFF e da Uenf. Os estudantes manifestaram contra a insegurança na cidade e também ao redor das universidades. Mas tudo acabou da pior maneira possível. Um estudante foi arrastado por um carro durante o protesto. O motorista informou que foi provocado pelos manifestantes.
“Todos foram ouvidos e encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML). Os manifestantes falam que foram agredidos e ele (motorista) fala que foi agredido pelos estudantes. O motorista era o que apresentava, visivelmente, mais lesões. A gente agora aguarda as imagens feitas pelas equipes de reportagens e os laudos do IML. Muita coisa resta ser apurada”, disse ela, que virou a noite na delegacia.
Após ouvir nove pessoas que estavam presentes na confusão a delegada Ana Paula Carvalho da 134ª DP disse que o motorista era o mais lesionado.
“Todos foram ouvidos e encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML). Os manifestantes falam que foram agredidos e ele (motorista) fala que foi agredido pelos estudantes. O motorista era o que apresentava, visivelmente, mais lesões. A gente agora aguarda as imagens feitas pelas equipes de reportagens e os laudos do IML. Muita coisa resta ser apurada”, disse ela, que virou a noite na delegacia.
Versões diferentes
O estudante de geografia do Instituto Federal Fluiminense (IFF) Victor Regis, de 18 anos, sente dores nas costas e na cabeça na manhã desta quinta, após ser arrastado pelo carro e receber socos no rosto e na nuca do motorista que se irritou com o protesto.
“Ele falou que ia passar, se não abrisse ia passar, quando eu fui ver ele já estava com o carro arrancado. O jeito de me defender foi me apoiar no capô do carro. Ele me arrastou por uns 10 metros e quando parou, levantei e voltei para o manifesto. Ele me agrediu verbalmente, me xingando com palavras ofensivas, tentou me bater, e aí eu disse ‘o movimento é pacífico, você pode bater à vontade’. Foi quando ele começou a me bater, com socos no rosto, na cabeça, na região da nuca. No início era ele sozinho, em seguida apareceu um amigo dele”, contou Victor.
Segundo ele, que é presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a partir daí começou um tumulto no local e o homem e o amigo teriam agredido também uma menina, um outro estudante e repórteres que estavam trabalhando.
De acordo com a delegada, o motorista é dono de uma academia de ginástica e também trabalha com produção de eventos. Em seu depoimento, ele alegou que estava atrasado para um compromisso e tinha uma quantidade grande de dinheiro no veículo, o que o teria deixado tenso no momento em que o carro ficou parado diante do protesto.
“Eles fecharam a Avenida Pelinca, a principal via da cidade, interrompendo o trânsito. Os manifestantes ficaram sentados em frente ao carro dele. Essa manifestação não foi comunicada ao batalhão nem à delegacia”, disse a delegada.
O empresário disse à policia, segundo Ana Paula Carvalho, que os manifestantes o teriam provocado, indo para frente do veículo e dizendo ‘não vai passar, só se for por cima de mim’. Ainda de acordo com a versão do motorista, um jovem teria ido para frente do carro e se apoiado no capô. Foi quando ele arrancou o carro e teve início a confusão. “Ele diz que os manifestantes se juntaram, chutaram o carro, o amassaram o capô, e então ele desceu e entrou em luta corporal com o rapaz que se portou em frente”, contou a delegada.
Victor contou que só foi deixar a delegacia às 7h. O estudante irá ao IML na parte da tarde. “Ele (motorista) estava saindo do trabalho, é até compreensível. Não temos divergência com ele. Só prestamos queixa porque seria um absurdo não ir, já que estávamos portestando contra violência, a gente estaria sendo conivente se não fosse”, disse ele.
Ana Paula Carvalho disse que os envolvidos, caso sejam punidos, responderão por lesão corporal e dano ao veículo, que seriam delitos de menor potencial ofensivo. Os estudantes prometeram organizar outras passeatas na semana que vem.
“Ele falou que ia passar, se não abrisse ia passar, quando eu fui ver ele já estava com o carro arrancado. O jeito de me defender foi me apoiar no capô do carro. Ele me arrastou por uns 10 metros e quando parou, levantei e voltei para o manifesto. Ele me agrediu verbalmente, me xingando com palavras ofensivas, tentou me bater, e aí eu disse ‘o movimento é pacífico, você pode bater à vontade’. Foi quando ele começou a me bater, com socos no rosto, na cabeça, na região da nuca. No início era ele sozinho, em seguida apareceu um amigo dele”, contou Victor.
Segundo ele, que é presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a partir daí começou um tumulto no local e o homem e o amigo teriam agredido também uma menina, um outro estudante e repórteres que estavam trabalhando.
De acordo com a delegada, o motorista é dono de uma academia de ginástica e também trabalha com produção de eventos. Em seu depoimento, ele alegou que estava atrasado para um compromisso e tinha uma quantidade grande de dinheiro no veículo, o que o teria deixado tenso no momento em que o carro ficou parado diante do protesto.
“Eles fecharam a Avenida Pelinca, a principal via da cidade, interrompendo o trânsito. Os manifestantes ficaram sentados em frente ao carro dele. Essa manifestação não foi comunicada ao batalhão nem à delegacia”, disse a delegada.
O empresário disse à policia, segundo Ana Paula Carvalho, que os manifestantes o teriam provocado, indo para frente do veículo e dizendo ‘não vai passar, só se for por cima de mim’. Ainda de acordo com a versão do motorista, um jovem teria ido para frente do carro e se apoiado no capô. Foi quando ele arrancou o carro e teve início a confusão. “Ele diz que os manifestantes se juntaram, chutaram o carro, o amassaram o capô, e então ele desceu e entrou em luta corporal com o rapaz que se portou em frente”, contou a delegada.
Victor contou que só foi deixar a delegacia às 7h. O estudante irá ao IML na parte da tarde. “Ele (motorista) estava saindo do trabalho, é até compreensível. Não temos divergência com ele. Só prestamos queixa porque seria um absurdo não ir, já que estávamos portestando contra violência, a gente estaria sendo conivente se não fosse”, disse ele.
Ana Paula Carvalho disse que os envolvidos, caso sejam punidos, responderão por lesão corporal e dano ao veículo, que seriam delitos de menor potencial ofensivo. Os estudantes prometeram organizar outras passeatas na semana que vem.
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