Vereador Ota defende ação da GCM junto à PM em SP
quarta-feira, 24 de outubro de 20120 comentários
Cristiane Salgado Nunes - O Estado de S.Paulo..
Em entrevista à
TV Estadão, nesta terça-feira, 23, o vereador eleito Masataka Ota
(PSB), defendeu a ação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) junto à
Polícia Militar (PM) e o aumento da vigilância nas ruas. O vereador
também prometeu que irá trabalhar junto com a "bancada da segurança".
Ota afirmou que
se candidatou focado "nas crianças" e irá apoiar a implementação de
tempo integral nas escolas públicas e a construção de mais creches.
O vereador
declarou seu apoio ao candidato do PT, Fernando Haddad, e contou que o
conhece desde que ele era jovem, quando trabalhava no comércio da Rua 25
de Março. "Eu tinha uma loja e comprava tecidos do pai dele. Haddad era
quem anotava todos os pedidos".
Questionado
sobre a influência do mensalão na eleição de Haddad, Ota disse acreditar
que o julgamento não irá interferir na disputa. "Já estamos na reta
final, Haddad está praticamente eleito com 12 pontos a frente do Serra".
O vereador ainda defendeu a prisão dos condenados no processo como
"exemplo aos outros que praticam corrupção".
Ota avaliou
como positiva a gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e elogiou o
projeto Cidade Limpa. "Não dá para fazer 100%, mas vejo que ele foi um
bom prefeito", ponderou.
Sobre a ação da
polícia na Cracolândia, o vereador afirmou que os usuários de crack
apenas se "esparramaram" pela cidade e argumentou que é preciso ter
tratamento aos viciados.
Tratando sobre o
caso do assassinato da jovem Caroline Silva Lee, de 15 anos, durante um
assalto em Higienópolis, na madrugada do último domingo, 21, Ota
defendeu o endurecimento do Código Penal. "Se ele forem condenados a 2
anos, vão ficar no máximo 6 meses", disse.
Ives Ota.
Vestindo uma camiseta com a foto de seu filho Ives, assassinado em
agosto de 1997, aos 8 anos, Ota contou que perdoou o criminoso
responsável e, após conversar com o assassino na cadeia, constatou que
ele estava arrependido. "Quando a gente perde um filho, a primeira coisa
que vem é o ódio, mas eu não estava mais conseguindo viver assim".
Ota disse que
sua esposa, a deputada federal Keiko Ota (PSB), também usa a camiseta ao
subir no plenário em Brasília e atua pelo fim da impunidade e por penas
mais rígidas para crimes contra a vida.
Entrevistados. A
série da TV Estadão vai entrevistar dez dos novos vereadores com maior
número de votos de cada partido. O mais votado, Roberto Tripoli (PV),
recusou o convite. Ricardo Young, mais votado pelo PPS, também foi
convidado, mas não vai participar por estar fora de São Paulo. Já foram
entrevistados Andrea Matarazzo (PSDB), Conte Lopes (PTB), Nabil Bonduki
(PT), Ari Friedenbach (PPS) e Mario Covas Neto (PSDB).
Abaixo melhores momentos da entrevista:
14h33 - Ota diz
que conhece a "bancada da segurança" e vai trabalhar junto para fazer o
melhor. "Ninguém caiu ali de paraquedas, todo mundo ali está preocupado
com a segurança".
14h32 - Ota defende a prisão dos condenados no mensalão. "Tem que ser preso mesmo para dar exemplo aos outros".
14h31 - Ota não
acredita que o mensalão vá influenciar na eleição de Haddad. "Já
estamos na reta final, Haddad está praticamente eleito com 12 pontos a
frente do Serra".
14h30 - Ota diz
que o grande número de votos brancos e nulos é porque "o povo está
desanimado". Ota diz que a política precisa se renovar, mas as pessoas
precisam aprender a votar direito.
14h29 - Ota diz que tudo o que for para o benefício do povo vai estar ao lado dos outros vereadores.
14h28 - Ota diz
que sua esposa também usa a camiseta com a foto do filho quando sobe no
plenário. "Hoje foi meu filho, amanhã pode ser seu filho também".
14h27 - Ota diz
que usa até hoje camiseta com o filho dele. "Não é porque o Ives
faleceu que vou esquecer. Sem essa camiseta sinto que estou pelado.
Diariamente uso essa camiseta com a foto".
14h25 - Sobre a Cracolândia, Ota diz que a polícia apenas "esparramou". "Tem que ter tratamento sério para os viciados".
14h24 - Ota acha que a vigilância tem que ser mais dura e defende que a Guarda Civil Metropolitana "também se junte à PM".
14h23 - Ota diz que "não é por causa de 1 ou 2" que tem que condenar a violência da corporação da Polícia Militar.
14h22 -
Jornalista comenta sobre o caso do assassinato de uma jovem de 15 anos
durante assalto em Higienópolis. Ota diz que se os ladrões
são favorecidos
pelo Código Penal. "Se ele forem condenados a 2 anos, vão ficar no
máximo 6 meses". Ota defende endurecimento do Código.
14h21- "O Kassab foi um bom prefeito". Ota elogia o Cidade Limpa. "Não dá para fazer 100%, mas vejo que ele foi bom prefeito".
14h20 - "Minha campanha foi mais na periferia do que na área central".
14h18 - Ota diz
que está apoiando Haddad. "Eu o conheço desde quando ele era mais
jovem. Eu tinha comércio de tecidos e comprava tecidos do pai dele.
Haddad anotava todos os pedidos." Ota disse que quando foi à Brasília
com sua esposa, encontrou Haddad como ministro da Educação e o petista
lembrou dele. Ota diz que Haddad é o "novo".
14h15 - "Ele
estava arrependido, sim. Quando terminei a conversa, falei para ele
sobre a filha dele de 5 anos. Falei: Você tem uma filha, né? Eu quero
contar para sua filha o que você fez. Eu quero que ela tenha filhos e um
casamento feliz, coisa que não vou poder ter com o meu porque você o
tirou de mim".
14h12 - Ota é
questionado se perdoou os criminosos que mataram seu filho. Ota responde
que o perdão o ensinou a tirar a mágoa que existia nele. "Quando a
gente perde um filho, a primeira coisa que vem é o ódio, mas eu não
estava mais conseguindo viver assim". Ota disse que conversou com o
assassino de seu filho e o perdoou. Ele diz que os assassinos falaram
que se arrependeram muito. "Quando você enfrenta olho a olho, você vê
que eles não são homens, não são gente. Eu estou livre da vingança, de
ódio. Antigamente, eu não conseguia dormir. Essa transformação de
perdoar
foi por Deus".
14h11 - Ota diz que se elegeu pelo lema de cuidar das crianças.
14h10 - Ota diz que na página de Keiko existe um abaixo-assinado contra o fim da impunidade.
14h08 - Ota diz
que sua esposa, deputada federal Keiko Ota, está lutando para aumento
da pena máxima e o diminuição do tempo para começar o julgamento.
14h07 - "Entrei
como candidato a vereador focado nas crianças". Ota diz que quer fazer
lei para ter escola integral e mais creches. Ota critica o crescimento
da violência.
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