Uma expedição que teve início em 2011 circulando em diversas cidades
brasileiras, inclusive Londrina, com um "carro laboratório" que avalia o
sinal de internet, retornou ao Paraná este ano para visitar as centrais
de monitoramento de câmeras de segurança dos municípios. O objetivo,
desta vez, é avaliar as tecnologias que estão sendo utilizadas pelas
principais cidades do País a serviço da Segurança Pública.
A expedição,
realizada pela WDC Networks, uma distribuidora de equipamentos de
segurança, observa pontos como a infraestrutura do monitoramento de
segurança nas cidades, os diferentes órgãos envolvidos no projeto de
segurança pública (Polícia Civil e/ou Metropolitana, Companhia de
Trânsito, entre outros), a quantidade de câmeras de segurança instaladas
e a escolha dos locais para implantação destas câmeras. A equipe esteve
novamente em Londrina na semana passada, quando visitou o Grupo de
Comunicação e Monitoramento (Gcom) do município. A avaliação foi
positiva.
Londrina possui
182 câmeras em operação, cujas imagens podem ser vistas por meio de 26
monitores em uma sala no Centro Cívico. Outras 36 aguardam instalação.
As câmeras, fixas e móveis, possuem alta definição. O técnico em
eletrônica Leonardo Ribeiro, gerente da expedição, disse ter ficado
"surpreso" com a infraestrutura da central. "Fiquei surpreso com o nível
de tecnologia usada. Está muito acima de grandes cidades." A expedição
já visitou cerca de 20 cidades este ano e, para Ribeiro, Londrina está
entre as melhores.
Ele destacou as
câmeras de alta definição e a gestão das imagens. Com resoluções de
1280x800p e 1280x720p, as câmeras utilizadas pelo grupo permitem zoom de
até 36x sem distorções consideráveis.
As imagens são
transmitidas via IP (Internet Protocol), em parceria com a Sercomtel,
que possui capilaridade de fibra ótica e presença em vários pontos da
cidade. A transmissão via IP, feita por fibra ótica, é mais estável e
livre de interferências, afirma o gerente da área de Planejamento da
Sercomtel, Hans Muller.
O software
utilizado pelo sistema, segundo o supervisor do Gcom, André Marcelo de
Almeida, esteve por seis anos consecutivos posicionado como o melhor
entre aqueles com a mesma finalidade. Todo o seu potencial, entretanto,
ainda não é utilizado, segundo ele.
Inteligência
Uma licença
para outro software integrado, que permite automatizar e acrescentar
inteligência ao sistema, já foi adquirida, entretanto, carece de
infraestrutura de banco de dados para operar.
Segundo explica
Almeida, este software adicional permitiria que o sistema trabalhasse
com reconhecimento facial, leitura de placa de carros, contagem de
pessoas e de veículos e alertasse os operadores do Gcom para situações
de risco. Outro recurso é a possibilidade de traçar uma linha virtual
sobre locais de acesso restrito nas imagens, programando o sistema para
avisar os operadores caso este limite seja ultrapassado.
A automatização
do sistema pode ajudar a lidar com o problema de falta de pessoal na
central de monitoramento, uma vez que, atualmente, apenas de três a
cinco pessoas da Guarda Municipal monitoram as imagens do sistema. "Uma
pessoa é capaz de monitorar 16 câmeras, mas depois de oito minutos esse
número cai para 50%", observa Almeida.
O grupo opera
com servidores que totalizam 110 Terabytes de armazenamento. Em hardware
e software foram investidos cerca de R$ 4 milhões. Na opinião de
Leonardo Ribeiro, da WDC, mais que câmeras de segurança e monitores,
centros de monitoramento como o de Londrina necessitam de operadores e
de software de gestão de imagens com inteligências que permitem
automatizar o processo.
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